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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Filho gay eu não admito


Em Insensato Coração, Sueli não aprova a homossexualidade do filho, Eduardo.


Sueli não aceita homossexualidade do filho, Eduardo.Sueli não aceita homossexualidade do filho, Eduardo.
                                                      
































Depois de decidir que quer mesmo ficar com Hugo (Marcos Damigo), Eduardo (Rodrigo Andrade) toma coragem e conta para Sueli (Louise Cardoso), que é homossexual. A cena, que está prevista para ir ao ar no dia 13 de julho, é tensa. Após mais uma transa, Hugo cobra que Eduardo conte a verdade para sua mãe. Indeciso, ele vai conversar com Alice (Paloma Bernardi). Eduardo confessa que só agora sabe o que é estar apaixonado, mas se preocupa com o fato do namorado querer que todos saibam sobre a relação dos dois. Alice incentiva o amigo a dizer a verdade para Sueli, já que ela tem vários amigos gays.
Cheio de coragem, Eduardo vai para casa e decide ter uma conversa franca com a mãe. Sueli diz que há tempos desconfia que o filho está escondendo alguma coisa. Só que a mãe do moço acha que ele reatou o namoro com a mimada Paula (Tainá Müller). Nessa hora, Eduardo interrompe e diz que ele quer falar sobre uma pessoa que ela também gosta. Alice é a primeira pessoa que vem à cabeça de Sueli. Por aí, ele imagina que não vai ser tão fácil falar a verdade para a mãe. Eduardo diz que está falando de Hugo. Mesmo assim, Sueli não imagina que os dois estejam juntos, e diz que não se importa com a amizade deles só porque o professor é gay. Eduardo, então, abre seu coração.
Eduardo: - A gente está namorando.
Sueli: - Não! Você está proibido de ver o Hugo. Eu não vou deixar ele chegar perto de você! Ele se fingiu de nosso amigo e... Eu não vou deixar ele te levar pra esse caminho! Vou ter uma conversa séria com aquele rapaz. E você, Eduardo, deixa de ser influenciável! Eu sempre te dei liberdade pra fazer as suas burradas sozinho, mas filho gay eu não admito!
Sueli vai para o quarto e deixa Eduardo pasmo com sua reação. No dia seguinte, Hugo vai até o quiosque de Sueli beber água de coco. Ela serve o professor, senta com ele à mesa e avisa que não quer mais vê-lo perto de Eduardo. Hugo parece petrificado e pergunta o motivo. Ela retruca que ele é uma má influência para Eduardo. Hugo entende o que Sueli quer dizer e pondera:
Hugo: - Por favor, Sueli, ninguém influencia ninguém a virar gay. O Edu é gay e está em paz com isso.
Sueli: - Não é, não! O Eduardo é garoto, está é confuso, você tá se aproveitando pra levar ele pra esse caminho aí.
Hugo: - Eu esperava esta reação de qualquer mãe, menos de você. É o pior tipo de homofobia. Você nos suporta enquanto nós gastamos nosso dinheiro aqui, mas dentro da sua casa nem pensar, né?
Hugo deixa uma nota em cima da mesa, avisa que foi a última vez que ele foi ao "quiosque gay" de Sueli e vai embora. Enquanto isso, Eduardo recebe a visita de Alice em sua casa, que fica perplexa ao escutar do amigo a reação de Sueli ao descobrir que tem um filho homossexual. Aflito, Eduardo fala para Alice:
Eu conheci um lado da minha mãe que eu nem imaginava que existia. Por mim, arrumava minhas coisas e saía daqui agora. Mas ela não tem grana pra bancar o apartamento sozinha. Só que eu não vou deixar de viver o que eu quero por causa dela. Se ela quiser transformar isso num inferno, é isso que vai ser.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Contracorrente


O longa-metragem ganha exibições especiais neste fim-de-semana, em São Paulo.

Contracorrente: melhor filme pelo Festival de Sundance de 2010.Contracorrente: melhor filme pelo Festival de Sundance de 2010.











A Festival Filmes, distribuidora especializada em filmes de temática LGBT, reestreia em São Paulo, em função da semana da Parada do Orgulho LGBT na cidade.

O longa-metragem Contracorrente (2009), do peruano radicado em Los Angeles,Javier Fuentes-León.
A tocante história de amor entre um pescador casado e um artista forasteiro em um pequeno vilarejo na costa do Peru já conquistou mais de 45 prêmios internacionais (o mais importante foi a escolha do filme como o melhor pelo público do Festival de Sundance 2010) e o aval da audiência ao redor do mundo. 
Oportunidade única para quem é paulistano e ainda não assistiu e para quem é de outro estado e está visitando São Paulo no feriado, o filme será exibido a partir de quinta-feira (23) noArteplex e sexta (24,) no Cinesesc.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

100 anos de cinema LGBT

Jake Gyllenhaal e Heath Ledger, em O segredo de Brokeback Mountain.Jake Gyllenhaal e Heath Ledger, em O segredo de Brokeback Mountain.



Livro Cine Arco-Íris analisa filmes de temática LGBT, exibidos nas telas brasileiras.

SÃO PAULO - Será lançado na próxima semana, o livro Cine Arco-Íris - 100 Anos de Cinema LGBT nas Telas Brasileiras, em meio aos eventos que gravitam em torno da 15ªParada do Orgulho LGBT da cidade.
Escrito por Stevan Lekitsch - jornalista, crítico, envolvido com as mídias LGBT desde os anos 90 -, a obra analisa mais de 270 filmes com temática LGBT exibidos no Brasil, nos cinemas nacionais, desde o início dos tempos.
O título busca uma referência à questão gay, na simbologia do arco-íris - não confundir com uma possível biografia de um famoso cinemão carioca de pegação gay.
O autor começa a pesquisa na década de 30, citando títulos como "Mata Hari" (31, com Greta Garbo) e o brasileiro "Messalina" (30), e logo envereda para os anos 40, com o obrigatório "Festim Diabólico" (48, de Alfred Hitchcock).
Ao longo da obra, Stevan apresenta resenhas e comentários sobre filmes que de alguma forma se identificam com a questão gay. Até títulos inesperados surgem, como "Conta Comigo" (86). O próprio autor revela que hesitou antes de incluir essa obra-prima no livro. Afinal, segundo ele, a questão homoerótica é bastante sutil - e, de fato, uma questão a ser discutida.
Também aparecem, naturalmente, os filmes mais populares do assunto, como "A Gaiola das Loucas" (versão francesa de 78 e americana de 96) e "O Padre" (94), além de obras de Pedro Almodóvar e clássicos como "Satyricom" (70, foto), de Fellini. Curiosamente, ficaram de fora alguns filmes diretamente ligados ao universo gay, como "Priscilla" (94).
De 2000 em diante, os filmes gays saem definitivamente das sombras e passam a concorrer de igual para igual com outras produções. Surgem películas engajadas, como "Antes do anoitecer", que traz Javier Barden no papel do escritor cubano Reynaldo Arenas, e "Milk - A voz da igualdade", que rendeu a Sean Penn o Oscar de melhor ator por sua atuação como o primeiro gay assumido a ocupar um cargo público nos Estados Unidos. Mas talvez o maior destaque da década seja "O segredo de Brokeback Mountain". Estrelado porHeath Ledger (que morreria três anos depois de overdose) e Jake Gyllenhaal, o filme rendeu o Oscar de melhor diretor a Ang Lee e deixou na memória dos espectadores cenas belíssimas.
De acordo com o autor Stevan Lekitsch, o número de filmes com temática LGBT tende a aumentar. Apesar do crescimento de manifestações homofóbicas ao redor do planeta, o cinema gay vai continuar produzindo ainda mais filmes que destoem da heteronormatividade, acredita.
Para o jornalista Marcos Brandão, que prefacia Cine arco-íris, o maior mérito do livro "não está no que se diz sobre este ou aquele filme, e sim em sua declarada intenção de seduzir o leitor a conhecer, ou rever, o maior número possível deles e, assim, elaborar e emitir seu próprio julgamento de valor". "O livro não é dirigido apenas ao público LGBT", afirma Lekitsch, "mas também a todos os apreciadores da sétima arte", conclui.
Desde já, o livro mostra-se obrigatório. A publicação é das Edições GLS e o lançamento acontece na Livraria Cultura, com a presença do autor.
Serviço:
"Cine Arco-Íris - 100 Anos de Cinema LGBT nas Telas Brasileiras"
Lançamento Quarta-Feira 22/06 - das 19h às 21h30
Livraria Cultura - Conjunto Nacional
Av. Paulista, 2073
Entrada Franca